Formadores do AERES Training Centre International Recebidos no MADER

Na manhã de quarta-feira, 24 de Janeiro de 2024, os  formadores Josje Hakker e Johan Hissink, do AERES Training Centre International, da Holanda, foram recebidos num encontro de cortesia, na Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP) no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento  Rural (MADER). O encontro de cortesia visava partilhar o seu programa de formação em Moçambique, que decorre desde segunda-feira na Direcção de Ciências Animais (DCA) do IIAM, em Maputo, e propor acções de seguimento da cooperação que já se mostra frutuosa.

Da parte do MADER os visitantes foram acolhidos pelo Director Nacional de Desenvolvimento Rural, Dr Américo da Conceição e pela Directora Geral do IIAM, Prof. Doutora Zélia Menete, que se fazia acompanhar pela Directora Técnica da DCA, Dra. Otília Tamele Tomo, pelo Chefe do Departamento de Nutrição e Alimentos, Dr. António Sumbana e pela Dra. Diane Cumbula, Investigadora da DCA, que lidera a presente fase inicial das actividades com os Formadores holandeses.

Durante o encontro, os Formadores da AERES, Training Centre International (TCI) apresentaram sugestões das quais se destacam: incentivo à participação de técnicos moçambicanos nos programas; estabelecimento de parcerias com outras instituições nacionais e internacionais para melhor coordenação das actividades; e capacitação de outros técnicos nacionais na área de maneio e processamento de frangos pelos técnicos formados nesta fase.

Por seu turno, o Director da DNDP frisou haver crescimento da indústria avícola no país devido ao apoio do Governo nesta área, ao estabelecimento de cotas para a importação dos produtos avícolas, ao aumento do número de incubadoras, à existência de associações que trabalham para a avicultura, e ao aumento do número de criadores e locais de processamento de frangos.  No seguimento, referiu que os Formadores holandeses poderiam igualmente formar técnicos de outras províncias, de acordo com a importância de cada uma na actividade avícola no país.

Na circunstância, a Directora Geral do IIAM, Prof. Doutora Zélia Menete, destacou a necessidade de realização de encontros frequentes entre o IIAM e a DNDP como forma de melhorar a articulação das actividades, bem como encontros com as associações de avicultores, constituindo-se equipas multidisciplinares (veterinários, agrónomos, avicultores, Institutos Politécnicos e outros). No que especificamente diz respeito à formação, a Directora Geral do IIAM recomendou o alargamento das áreas de modo a incluir bovinos, suínos, caprinos, AMR, nutrição, e mais. Recomendou ainda a criação de um triângulo entre a AIRES – IIAM – Universidades para o desenho dos programas.

Zélia Menete terminou as suas sugestões e recomendações convidando os formadores do AERES a participarem nas  palestras sobre a Gripe Aviária e Resistência Antimicrobiana, para os meses de Fevereiro e Março, de modo a partilharem a sua experiência. (Otília Tamele, Tomo  António Sumbana e Roseiro Moreira/IIAM)

Oportunidade de colaboração entre o IIAM e o CISM

Na manhã do dia 24 de Janeiro do corrente ano realizou-se, nos escritórios do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), um encontro entre o Director Geral daquele estabelecimento, Dr. Francisco Saúte e a Directora Geral do IIAM, Prof. Dra. Zélia Menete junto com a sua equipa.   O encontro visava a materialização da relação de colaboração entre os dois centros de investigação nas diferentes áreas ligadas à saúde e à agricultura, incluindo as componentes de nutrição, fitofármacos, ambiente, saúde pública e animal, demografia e outras áreas afins relevantes para a melhor prestação de serviços destes dois centros à sociedade. Aspectos relacionados com os efeitos das mudanças climáticas na agricultura e saúde foram também mencionados como sendo de especial importância nesta colaboração por forma a serem identificadas medidas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas em Moçambique.

Os dois dirigentes passaram em revista as principais áreas de investigação das instituições que dirigem bem como os programas em curso e reconheceram um grande potencial de colaboração entre a pesquisa em saúde e agrária, dado o seu alinhamento naquilo que são as suas áreas de intervenção. (Suzie Aline/IIAM)

Arranca Formação de Formadores para a Indústria Avícola

Decorre de 22 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2024, na Direcção de Ciências Animais (DCA), em Maputo, a primeira fase do curso de formação de formadores para a melhoria da indústria avícola em Moçambique. Trata-se de 25 participantes, entre pesquisadores e profissionais da área animal, agricultores e produtores de frango, gestores de matadouros, processadores de carnes, estudantes de tecnologia de alimentos e comunicadores de ciência, que vão receber um refrescamento e aprimoramento do seu conhecimento sobre a cadeia de produção, processameto, conservação e comercialização avícola, com enfoque no frango.

A formação realiza-se numa parceria com o AERES Training Center International (AERES TCI), uma instituição holandesa vocacionada para a elaboração e condução de cursos em Agro-Pecuária, Processamento Alimentar e Desenvolvimento Institucional e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Nesta fase inicial do treinamento, o AERES TCI destacou para Moçambique dois formadores (Johan Hissink e Josje Hakker) que se juntam a uma formadora nacional, a Dra. Custódia Macuamule, docente da Faculdade de Veterinária na UEM. A ser concluido em três fases até 12 de Abril do corrente ano, o seu correspondente projecto piloto deverá encerrar até ao dia 30 do mesmo mês, constituindo-se num desafio de eventuais possibilidades de réplicas para outras províncias do país.

Ao chancelar a abertura oficial do evento, após deixar as saudações de praxe de boas entradas e boas vindas, anotando e desejando que todos teham saúde e uma atitude proactiva, a Directora Geral do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), Prof. Doutora Zélia Menete lembrou aos presentes que “não é o novo ano que tem que fazer por nós, mas somos nós que temos que fazer cada diferença no novo ano”. E no seguimento fez uma gentil recomendação virada para a busca de sucesso institucional e construção de resultados de base compartilhada: “cada um de nós tem que fazer o seu trabalho”. Na perspectiva da Directora Geral do IIAM, “para qualquer actividade que tenhamos que realizar, temos que ter a devida actualização profissional, razão pela qual estamos neste curso”.    

A realização do curso em Moçambique, em parceria com uma prestigiada instituição holandesa e a mais antiga Universidade moçambicana, que são, respectivamente, o AERES Training Center International (AERES TCI) e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), ambas com actividades que remontam da década de 1960 e se expadem pelo mundo inteiro, reforça a convicção de que os quadros e investigadores moçambicanos têm conhecimento e capacidade para atrair oportunidades de financiamento para a concretização de múltiplas acções consoante as suas áreas profissionais. Esta constatação é corroborada pelo facto de ter sido a partir de um concurso internacional para a elaboração e submissão de projectos que ”o Departamento de Nutrição e Alimentos da Direcção de Ciências Animais (DCA) do IIAM concorreu e logrou ganhar apoio logístico e financeiro para a realização desta formação que se nos afigura muito útil para o contexto do nosso país”, como referiu a Dra. Diane Cumbula, que lidera a iniciativa ora estruturada no projecto “Formando o Formador: Melhorando a Idústria Avícola em Moçamique”, desde a sua concepção resultante de um curso de curta duração de que foi participante em 2023 na Holanda.

A importância do projecto em que se insere o curso espelha-se nos seus próprios objectivos que incluem: (i) formar produtores e processadores avícolas em boas práticas de produção e higiene; (ii) melhorar o processamento de frango em Moçambique, (iii) produzir manuais e material audio-visual de treinamento para próximos cursos; (iv) melhorar o conhecimento dos técnicos envolvidos, capacitando-os em matérias de nutrição, processamento e comercialização; para além do aumento da visibilidade e credibilização do IIAM como uma instituição pública nacional de produção de conhecimento e soluções tecnológicas para o desenvolvimento do agro-negócio e a segurança alimentar e nutricional, como preconiza a sua missão estratégica. (Roseiro Moreira, com imagens de Juvêncio dos Santos).

Criada Iniciativa de Transferência Acelerada de Inovação em Moçambique

Criada Iniciativa de Transferência Acelerada de Inovação em Moçambique

“Numa iniciativa da USAID liderada pelo IITA, em parceria com o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), e em sincronia com outros Centros de Pesquisa Internacionais e mais parceiros na cadeia de valor agrária aos vários níveis, com vista à disseminação e implementação, de forma acelerada, das tecnologias e produtos da investigação agrária ao nível dos produtores e utilizadores finais, foi concluida a criação de uma nova iniciativa
sobre a Entrega Acelerada da Inovação tecnológica agrária em Moçambique”, segundo revelou a Directora Geral do IIAM, Prof. Dra. Zélia Menete, pouco depois do final de dois dias do Workshop para o efeito organizado na cidade de Nampula, de 18 a 19 de Janeiro corrente.

A iniciativa, que conta com o financiamento da Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID), visa fornecer inovação e/ou tecnologias comprovadas aos pequenos agricultores através de redes de parceiros existentes e activos. As experiências dos seus diferentes parceiros têm testemunhado várias histórias de sucesso de desenvolvimento de tecnologias comprovadas que podem ajudar pequenos agricultores a melhorarem a sua vida. Com esta nova iniciativa pretende-se avaliar e colocar em prática as melhores formas de transferir as inovações tecnológicas em benefício directo das comunidades dos distritos de Alto Molócuè, Ilê, Murrupula, Mogovolas, Gorongosa, e outros de Niassa e Cabo Delgado tendo em conta a inclusão dos grupos mais vulneráveis. Não sendo virada a desenvolver novas tecnologias, a iniciativa preconiza essencialmente intregar tecnologias/inovações comprovadas e de impacto que respondam às preocupações e necessidade das comunidades por meio de parcerias público-privadas activas.

A nova abordagem de transferência de tecnologias e inovação corporizou-se numa Co-Criação dos parceiros da investigação agrária, no retro mencionado Workshop de Nampula (18-19/01/2024). Na sua intervenção de lançamento do evento a Prof. Dra. Zélia Menete contextualizou a audiência sobre o ponto de situação do IIAM nos últimos 5 anos em termos de recursos humanos, situação financeira, assim como a revisão dos documentos normativos da instituição, focalizando a necessidade de se criar uma maior visibilidade e audibilidade do IIAM para os parceiros de desenvolvimento no sector agrário, bem como ao público em geral.

Recorde-se que o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) é a instituição pública moçambicana de âmbito nacional cuja missão preconiza a produção de conhecimento e soluções tecnológicas para o desenvolvimento do agro-negócio e a segurança alimentar e nutricional, enquadrando-se nesse desiderato a Iniciativa de Transferência de Acelerada de Inovação ora criada na capital do Norte. (Suzie Aline e Roseiro Moreira/IIAM).

Algodão, Gergelim e “Dragon Fruit” com resultados de pesquisa animadores! 

Algodão, Gergelim e “Dragon Fruit” com resultados de pesquisa animadores!

A observação foi-nos avançada ao princípio desta tarde pela Directora Geral do IIAM, Prof. Doutora Zélia Menete, que iniciou esta quarta-feira (17), mais uma visita de trabalho ao Centro Zonal Nordeste (CZNd), tendo feito a sua primeira escala no Centro de Investigação e Multiplicação de Sementes de Algodão de Namialo (CIMSAN), distrito de Meconta, província de Nampula. Ali, teve a oportunidade de percorrer um dos campos experimentais de melhoramento dessa importante cultura de rendimento, também apelidada por ouro branco, tendo constatado que os resultados preliminares são animadores.

Ainda naquele distrito do corredor de Nacala, Zélia Menete apreciou com agrado um campo experimental de adaptação da fruta “Dragon fruit”, que foi trazida das Filipinas e já se mostra ter adaptação às condições agro-ecológicas de Namialo. Com potencial de mercado a nível das cidades moçambicanas, a “Dragon fruit” está a ser testada no Centro de Formação de Fruteiras – CFF, uma unidade experimental e de transferência de tecnologias do IIAM, adstrita ao seu Centro Zonal Nordeste (CZNd). No Centro de Formação de Fruteiras de Namialo, a líder da investigação agrária pública moçambicana testemunhou igualmente alguns momentos do processo de montagem de um ensaio de gergelim que visa avaliar a eficiência dos diferentes organismos num sistema de agricultura orgânica sustentável.

Postas as visitas de campo, Zélia Menete usou da oportunidade para um encontro de diálogo e sincronização com os técnicos em geral por forma a avaliar o nível de andamento das actividades do Centro de Formação de Fruteiras, oferecendo um alento a 2024 em franco arranque orientado aos resultados na nobre missão de produção de conhecimento e soluções tecnológicas para o desenvolvimento. Entremeando com expressões motivacionais e de fortalecimento do trabalho em equipas, a Directora Geral do IIAM avançou recomendações: foco no processamento das frutas para diversificação do consumo e garantia de melhoria nutricional das comunidades; e trabalho com as comunidades no sentido de mostrá-las diferentes formas de agro-processamento dos produtos das suas próprias machambas, capacitando-as para o seu auto-aproveitamento.

Nesta deslocação à Namialo, a Directora Geral do IIAM fez-se acompanhar pelo Delegado do Centro Zonal Nordeste, Dr. António Chamuene, pela Eng. Suzie Aline, com ela ida de Maputo, e por outros quadros do IIAM idos da Cidade de Nampula. (Suzie Aline, em Nampula e Roseiro Moreira, em Maputo/IIAM).

IIAM conta com novos Equipamentos para Laboratórios Veterinários

O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), conta formalmente a partir desta quinta-feira, 14 de Dezembro de 2023, com importantes equipamentos para reforçar a capacidade de diagnóstico dos laboratórios veterinários no país. Os referidos equipamentos, todos ultra modernos e de alta precisão, incluem: incubadoras, refrigeradores, microscópios, e armários de biossegurança, totalizando 34 unidades maioritariamente digitais, entre portáteis e de colocação fixa. Trata-se de uma doação entregue pelo Representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Moçambique, Dário Cipolla, acompanhado pela Representante da USAID em Moçambique, financiadora do equipamento, Kelly Badiane. A Cerimónia, presidida pela Directora Geral do IIAM, Prof. Dra. Zélia Menete, decorreu na Direcção de Ciências Animais (DCA), onde se localiza o Laboratório Central de Veterinária em Maputo. Avaliados em 5.000.000, 00 MT (cinco milhões de meticais), sem contar com custos aduaneiros, os equipamentos são de grande valia para os laboratórios veterinários.

Ao contextualizar a doação, a Directora Técnica da DCA, Dra. Otília Tomo explicitou que a recepção dos equipamentos resulta de uma avaliação previamente feita na instituição por consultores da FAO em meados de 2021, sobre as capacidades dos laboratórios veterinários, mapeando-as no quadro de um Sistema Nacional de Vigilância de Resistência Anti-Microbiana (RAM). “Como resultado da avaliação dos laboratórios foram deixadas recomendações, de entre elas, a elaboração de uma lista de equipamentos, reagentes, e consumíveis de laboratório, necessários para a detecção da RAM e para a biossegurança” – lembrou a Dra. Otília Tomo que fechou a sua intervenção introdutória com um toque de enorme satisfação pela concretização de um sonho da parceria institucional com a FAO: “A chegada deste equipamento, vai aumentar a capacidade do laboratório, (…) de vigilância RAM e permitirá maior biossegurança com vista à protecção da saúde pública”.

Para o Representante da FAO em Moçambique, Dário Cipolla, o IIAM é um parceiro tradicional com o qual “estou certo que vamos continuar com a nossa excelente cooperação”. Sendo, de acordo com aquele dignitário das Nações Unidas, os laboratórios de diagnóstico e investigação veterinária componentes essenciais na detecção e prevenção de doenças animais, e indirectamente,  na protecção da saúde pública justifica-se o apoio da FAO à investigação agrária, muito particularmente às ciências animais. Apoio do qual a entrega dos equipamentos de laboratório atesta apenas uma parte do cometimento da FAO relativamente ao desenvolvimento agro-pecuário em Moçambique, área em que o IIAM tem papel preponderante.

A Directora Geral do IIAM, Prof. Dra. Zélia Menete, deixando igualmente trasbordar a sua satisfação por tão avultado apetrechamento institucional com equipamento moderno de laboratório veterinário, agradeceu pelo apoio que a FAO e a USAID têm prestado à investigação agrária. “Como IIAM prezamos muito a nossa parceria que vem de longe. Sempre que houver oportunidade de trabalharmos em colaboração estamos sempre aí, desde que sejam aspectos mutuamente vantajosos” – assegurou Zélia Menete, mostrando ter nas suas palavras, o foco naquilo que possa conduzir o IIAM ao cumprimento cabal da sua missão de gerar conhecimento e soluções tecnológicas para o desenvolvimento do agro-negócio e a segurança alimentar e nutricional.

Por outro lado a Directora Geral do IIAM não deixou de sublinhar a necessidade de contínua formação e profissionalização dos quadros da instituição. Convicta, e indicando não estar a minimizar nenhum financiamento, asseverou que “se nós não investirmos nos quadros e se não tivermos o recurso humano como o centro de toda a transformação que queremos, nós não vamos chegar lá”. Ainda em tom de desafios para a mudança que se almeja, trouxe ao de cima a premente importância de se olhar para modalidades de comercialização dos produtos e serviços do IIAM dos quais as vacinas desenvolvidas pela investigação em ciências animais, ora reforçadas com os equipamentos recebidos, são um exemplo do potencial de geração de receitas próprias. Reconhecendo um outro desafio institucional, o de ter certificação internacional para os laboratórios, a fim de acautelar os padrões de qualidade, a Directora Geral usou da oportunidade para partilhar com os presentes que “dentro do Plano Estratégico do IIAM prevemos a restruturação do Estatuto do IIAM para ter maior autonomia para podermos comercializar alguns serviços. Comercializando-os, vamos poder caminhar para uma maior sustentabilidade dos serviços que providenciamos através da nossa rede de laboratórios”.

Importa referir para memória da posteridade que a iniciativa de apetrechamento dos laboratórios de veterinária surge no âmbito do projecto denominado “Apoio à Agenda Global de Segurança Sanitária (GHSA)”, implementado pela FAO com financiamento da USAID, de que o IIAM é um dos beneficiários. O projecto tem por objectivo fortalecer as capacidades dos sectores de Saúde Animal e Saúde Única para reduzir os riscos e impactos de doenças animais transfronteiriças, doenças zoonóticas endémicas e emergentes e resistência antimicrobiana.

(Roseiro Moreira e Gabriel Matsinhe/IIAM-DFDTT-DDIC).

Produtores enaltecem treinamento do IIAM em processamento de cereais e hortícolas

No âmbito do projecto RESADE, 100 produtores das Associações do Regadio do Bloco I e II em Moamba beneficiaram-se de treinamento em processamento de produtos agrícolas, de 8 a 11 de Dezembro de 2023, realizado pelo IIAM, naquele ponto da província de Maputo. Para além dos produtores, o evento visava capacitar extensionistas, técnicos do SDAE, estudantes e formadores do Instituto Agro-Industrial da Moamba, onde este decorreu, em matéria de processamento de culturas agrícolas como mapira, mexoeira, tomate, repolho, pepino, milho, feijão vulgar, feijão manteiga, feijão verde e batata reno que são as culturas produzidas naquele distrito.

As Formadoras, Eng. Luisa Penicela e Eng. Leonor Nhantumbo, todas do IIAM, apresentaram os procedimentos que asseguram uma alimentação natural para as comunidades. O mesmo treinamento serviu para a troca de experiências entre os produtores; o incentivo da prática de dieta alimentar através dos produtos processados; aprender a preparar alimentos e como devem mudar hábitos alimentares nas suas famílias; e aprimorar métodos de conservação dos produtos processados. Os produtores aprenderam a organizar ingredientes e a fazer receitas de  bolo e xima de mexoeira, compota de papaia e de abóbora, massa tomate, bolo, papa de mapira e mexoeira, e sumo de abóbora.

Américo Manhiça, Presidente da Associação de Regadio do Bloco-I, e o Sr. Castigo Pfumo, membro da mesma Associação, foram unânimes ao dizer que estão satisfeitos com a capacitação. “Neste programa aprendemos a identificar sementes que germinam em solo salino e que são tolerantes à salinidade e à seca, como a mapira e a mexoeira” – referiram. O Presidente da Associação elogiou ainda a iniciativa da capacitação por ser uma maneira de aprenderem conjuntamente a processar alimentos nutritivos, fazendo o aproveitamento de produtos que os membros da Associação do regadio produzem nas suas machambas. Com efeito, “trata-se de alimentos que podem eliminar certas doenças no corpo, para que vivamos uma vida saudável e longo tempo, com nossas famílias e netos” – acrescentou Manhiça. Por seu turno, Castigo Pfumo, falando sobre as vantagens desses alimentos e das receitas aprendidas sintetizou: “para não apodrecer na machamba podemos colher tomate, fazer massa tomate e conservar para nos servir na altura da carência do produto no mercado”.

Recorde-se que os regadios de Moamba, foram afectados pelas cheias de 2000, ficando extremamente salinizados. Liderado em Moçambique pelo Investigador Auxiliar Ricardo Maria (IIAM), especializado em fertilidade de solos, o projecto RESADE, implementado pelo IIAM em parceria com o Centro Internacional para Agricultura Biossalina (ICBA), contribui para a mitigação do problema de salinidade de solos para que os agricultores possam continuar a desenvolver a sua produção agrária. (Gabriel Matsinhe e Roseiro Moreira/IIAM-DDIC)

Comunicadores em Gaza capacitados sobre Advocacia e Biotecnologia Agrária

O IIAM realizou em Chókwè, nos dias 4 e 5 de Dezembro 2023, uma capacitação de 15 comunicadores da província de Gaza, provenientes de diferentes Órgãos de Comunicação Social e do Centro Zonal Sul.

O evento visava potenciar os comunicadores locais de ferramentas para melhor reportarem sobre o conhecimento e as soluções tecnológicas gerados pelo IIAM e seus parceiros, particularmente no atinente à Biotecnologia Agrária.

Os Oradores Alice Cambula,  Egas Nhamucho e Roseiro Moreira, todos do IIAM, apresentaram quatro temas: (i) Advocacia sobre OFAB – Moçambique, (ii) Pesquisa de Milho Geneticamente Modificado (Projecto TELA), (iii) Comunicação de Ciência e Biotecnologia Agrária, e (iv)  Enquadramento Legal da Testagem de Organismos Geneticamente Modificados pelo IIAM. A coordenação do evento coube à Chefe do Departamento de Comunicação e Divulgação, Sónia Nhantumbo.

Os participantes  visitaram o campo confinado de Testagem de Milho Geneticamente Modificado do projecto TELA, no Instituto Superior Politécnico de Gaza (ISPG), onde colheram explicações sobre a pesquisa do IIAM. Na ocasião ficou patente a necessidade de oferecer aos comunicadores cada vez mais oportunidades de interagirem com as fontes de comunicação de ciência como são os casos dos 4 oradores.

O evento decorreu no âmbito da implementação das actividades do OFAB-Moçambique e do TELA, dois projectos de parceria regional de África, de que o IIAM é parceiro. (Gabriel Matsinhe e Roseiro Moreira, em Chókwè).

Reunião de Alto Nível TELA e IIAM.

 A Directora Geral do IIAM, Professora Doutora Zélia Menete, recebeu no passado dia 30 de Novembro no seu gabinete de trabalho, o coordenador regional de África do projecto  TELA Dr Sylvester Oikeh, parceiro chave de implementação do projeto de biotecnologia. O referido encontro centrou-se na ambição da concretização do projeto TELA em Moçambique cuja implementação depende da experiência científica comprovada trazida pelo projeto TELA a volta de 6 países liderados pela África do Sul, com índices de adesão e produtividade ao nível de 65 % dos agricultores que aderiram ao programa em Npumalanga e Limpopo ao contrário dos que não aderiram. Durante o encontro o Dr. Sylvester Oikeh, manifestou a sua profunda preocupação com a morosidade na aprovação das legislações relativas aos GMOs como foi o caso em Malawi, Gana, Nigéria, tendo colocado o desafio ao IIAM  para conseguir as devidas autorizações ou aprovações junto das autoridades competentes com o auxílio do GIBBs e do MADER. O Dr. Sylvester Oikeh, reiterou que este desafio remonta desde o ano de 2009,, acreditando que o compromisso assumido pela nova liderança da qual a Professora  Dra Zélia Menete assumi a pasta de membro do conselho executiva do TELA  que irá dinamizar a implementação eficaz dos objectivos que o projecto se propõe a alcançar nomeadamente a segurança alimentar e a erradicação da fome em Moçambique. O Dr. Sylvester disse claramente que na sua qualidade de  cientista encontrou a liderança certa no IIAM na pessoa da Dra. Zélia Menete,  para a concretização do projecto como também o fortalecimento de parcerias existentes  com a Bill Gates fundation, familiar a ambos Dra. Zélia e Dr. Sylvester . O IIAM e o TELA  através dos seus representantes foram unânimes que o ano de 2024 será a plataforma do lançamento real do projecto TELA com impacto para os benefíciarios finais.