IIAM participa na 60ª edição da FACIM com ciclo de palestras sobre agricultura sustentável e sementes de qualidade
Texto Sónia Nhantumbo e Albertina Alage
Imagens: Juvêncio dos Santos
O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) participa, de 25 a 31 de Setembro corrente, na 60ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), não só com exposição de tecnologias desenvolvidas pela instituição, mas também através da sua contribuição no ciclo de palestras que decorrem ao longo da semana.
Hoje, no pavilhão do Ministério da Agricultura ambiente e Pescas, (MAAP), tiveram lugar duas apresentações que contaram com a presença da Directora Geral do IIAM, Maria Zélia Menete, técnicos de diversos sectores do IIAM e MAAP, estudantes, ONGs, sector privado e vários interessados.
A primeira apresentação foi feita pela investigadora florestal Zélia Malate, e teve como tema “Produzir alimentos em harmonia com a natureza”. A oradora destacou a importância da agricultura sintrópica, salientando as suas vantagens ligadas à regeneração do solo e dos ecossistemas degradados, à cobertura do solo com matéria orgânica viva e morta, bem como ao aumento da biodiversidade através da integração de várias espécies em consociações. Segundo a especialista, esta prática aumenta a resiliência dos sistemas produtivos, possibilita colheitas ao longo do ano e reduz a dependência de produtos químicos, promovendo assim uma produção alimentar sustentável.
A segunda apresentação foi feita pelo investigador Edmar Uamusse que apresentou o tema “Fortalecer o presente e semear o futuro: a visão do IIAM para o sector de sementes”. O orador destacou o papel do IIAM na cadeia de valor agrícola, através dos programas de melhoramento genético, parcerias com instituições regionais e internacionais (CGIARs, instituições de ensino e ONGs), e iniciativas de transferência de tecnologia (demonstrações, dias abertos e ensaios participativos). Sublinhou ainda a contribuição do IIAM para as estratégias nacionais de segurança alimentar, gestão de recursos genéticos e adaptação climática, bem como o apoio à multiplicação de sementes de qualidade para as empresas.
As duas sessões foram bastante concorridas e interativas, tendo o público não apenas absorvido conhecimento, mas também contribuído com reflexões e propostas de melhoria das intervenções de pesquisa e desenvolvimento para o fortalecimento do sector agrário em Moçambique.




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