A produção do Café em Moçambique, é centenária, enraíza-se na tapeçaria histórica, cultural e diversidade natural. Das altas terras místicas de Chimanimani até as florestas verdes e tropicais de Gorongosa e a indílica ilha do Ibono arquipelago das Quirimgas, onde o clima, o solo e sua geografia são adequados para cultivar-se várias variedades de café. Em Lisboa, o café do Ibo recebeu um diplona de Medalha de Ouro, em 1906, devido ao seu aroma, características e sabor.
Nos presentes dias, existe um despertar de interesse e investimento na produção de culturas de Café, sendo resultado do reconhecimento das oportunidades nesta Indústria, também beneficiando tanto ao ambiente quanto as comunidades. Assim sendo, o Goveno de Moçambique atravês do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), viu esta oportunidade de realizar este evento, que é o Festival do Café Maputo, sob lema “Do Grão à Chavena”, para permitir que exista um intercâmbio, interacção e troca de experiência entre os produtores e consumidores de café.
O evento teve lugar numa das estâncias hoteleiras da bela cidade das acácias, tendo contado com a participação de Sua Excia. o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia e outras figuras internacionais ligadas a cadeia do valor do café, como a Directora Executiva da Organização Internacional do Café (OIC), organismo este que Moçambique faz parte desde Junho de 2023, Executivos de orgãos internacionais, diplomáticos, representantes de empresas produtoras de café e associassões.
Coube a Directora Executiva da OIC, de fazer a contextualização do cenário internacional do café, em seguida, Sua Excia Ministro do MADER, fez a abertura oficial do Festival. Dentre varias apresentações, coube ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), fazer a apresentação, tendo como Orador o Engenheiro Edmar Uamusse, com o tema “Contribuições da Investigação no sector de Café” Para além das apresentações, participaram alguns expositores que trouxeram suas marcada de cafá para dar-se a conhece. Na esposição, houve também espaço para demostração dos cafés, degustação dos mesmo, das várias marcas existentes, métodos de processamento, equipamento tudo com vista a proporcionar aos entusiastas do café experiencias diferentes e únicas.
Uma das abordagens trazidas para o evento foi a de se criar uma identidade própria do Café Moçambicano, argumento este, apresentado por Tiago Fonsega, um dos representantes emblemáticos da Agência de publicidade Golo (Think Local), também, falou-se do papel do governo, de criar um ambiente favorável a todos os níveis operacionais dos vários segmentos, da cadeia de valor do café, desde o plantio ao precessamento, empacotamente e comercialização, sem deixar de lado e como fundamental, o plano estratégico bem definido para que se consiga efetivar acções que julgue-se pertinente com esta cultura, visto que o país está abraçando esta oportunidade e desafio, concorrendo com organizações internacionas bem estruturadas e que já operam nesta área e com esta cultura, com larga experiência.
Através de esforços conjuntos do Governo, parceiros de cooperação, sector privado e dos produtores rurais, seguindo uma estratégia assertiva, o país pretende criar uma estrutura, contruir um futuro próspero e saudável para a indústria do café no país.