Webinar destaca potencial das bactérias indígenas de Moçambique para impulsionar a produção de soja

Texto Sónia Nhantumbo

Hoje, 04 de setembro, realizou-se um webinar sobre “Identificação de bactérias indígenas de Moçambique com potencial para uso em inoculantes de soja”. O evento contou com a participação do Dr. Amaral Machaculeha Chibeba como orador principal e do Dr. Carlos Quembo como moderador.

O tema despertou grande interesse, reunindo mais de 40 participantes, entre investigadores do IIAM e outros interessados em conhecer e aprofundar este assunto de enorme importância para a investigação agrária e para o futuro da agricultura nacional.

No encerramento, a Diretora-Geral do IIAM, Maria Zélia Menete, sublinhou a relevância da investigação apresentada, destacando que o verdadeiro património de Moçambique não está apenas nas pessoas ou nos bens materiais, mas também na riqueza da fauna e flora que o país possui. A directora geral disse ainda ser essencial que este conhecimento seja registado, valorizado e transformado em produtos úteis para os agricultores, garantindo que as descobertas científicas tenham impacto direto na produção.

“Tudo só fará sentido se os inoculantes chegarem efetivamente aos agricultores e ajudarem a produzir variedades de soja mais promissoras”, afirmou, apelando ainda ao envolvimento de investigadores, universidades e parceiros de desenvolvimento para levar este trabalho adiante.

O webinar reforçou a importância da ciência aplicada à realidade moçambicana e deixou clara a urgência de transformar conhecimento em soluções práticas para o campo.

Estudos desta natureza são pertinentes considerando a evolução crescente da população mundial.

IAM defende sinergias entre Investigação, Produção e Educação Profissional na 60ª edição da FACIM 2025

Texto: Sónia Nhantumbo

Imagens: Juvêncio dos Santos

A Directora Geral do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), Maria Zélia Menete, participou, no âmbito da 60ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM 2025), numa palestra subordinada ao tema “O papel do sector produtivo na educação profissional.

Na sua intervenção, Maria Zélia Menete destacou a importância da ligação entre o sector produtivo e as instituições de ensino e formação profissional, defendendo que a valorização do conhecimento aplicado é essencial para preparar jovens técnicos e investigadores capazes de responder às necessidades concretas do país. Sublinhou ainda que a educação profissional deve estar alinhada com os desafios da inovação, competitividade e sustentabilidade, sendo o sector agrário um dos pilares estratégicos para o desenvolvimento nacional.

A participação do IIAM nesta palestra reforçou o compromisso da instituição em aproximar a ciência da sociedade, promovendo sinergias entre a investigação, a produção e a formação de quadros, de modo a garantir que Moçambique disponha de profissionais qualificados e aptos a contribuir para a transformação do sector produtivo.

Durante a sua intervenção a Directora Geral do IIAM, disse que “O sector produtivo deve ser mais do que um espaço de trabalho, precisa ser também um espaço de aprendizagem, só assim formaremos profissionais capazes de responder às exigências do mercado e de impulsionar o desenvolvimento sustentável”. Disse ainda que “Na agricultura, ciência e inovação caminham juntas. O IIAM tem investido em tecnologias adaptadas à nossa realidade, mas é essencial que cheguem às escolas e centros de formação para que os jovens aprendam de forma prática e transformadora”.

Terminou a sua intervenção dizendo que “A interação entre investigação, ensino e produção é o caminho para criar profissionais comprometidos com a produtividade, a sustentabilidade e a segurança alimentar. O sector produtivo deve assumir um papel ativo nesta formação para que Moçambique possa competir, inovar e fazer da agricultura o motor do desenvolvimento”.

A presença da Directora Geral do IIAM neste evento, reafirma também o papel central da instituição como parceiro estratégico na consolidação de políticas públicas que promovem a educação técnica e profissional, em estreita articulação com o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar.

IIAM participa na 60ª edição da FACIM com ciclo de palestras sobre agricultura sustentável e sementes de qualidade

Texto Sónia Nhantumbo e Albertina Alage

Imagens: Juvêncio dos Santos

O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) participa, de 25 a 31 de Setembro corrente, na 60ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), não só com exposição de tecnologias desenvolvidas pela instituição, mas também através da sua contribuição no ciclo de palestras que decorrem ao longo da semana.

Hoje, no pavilhão do Ministério da Agricultura ambiente e Pescas, (MAAP), tiveram lugar duas apresentações que contaram com a presença da Directora Geral do IIAM, Maria Zélia Menete, técnicos de diversos sectores do IIAM e MAAP, estudantes, ONGs, sector privado e vários interessados.

A primeira apresentação foi feita pela investigadora florestal Zélia Malate, e teve como tema “Produzir alimentos em harmonia com a natureza”. A oradora destacou a importância da agricultura sintrópica, salientando as suas vantagens ligadas à regeneração do solo e dos ecossistemas degradados, à cobertura do solo com matéria orgânica viva e morta, bem como ao aumento da biodiversidade através da integração de várias espécies em consociações. Segundo a especialista, esta prática aumenta a resiliência dos sistemas produtivos, possibilita colheitas ao longo do ano e reduz a dependência de produtos químicos, promovendo assim uma produção alimentar sustentável.

A segunda apresentação foi feita pelo investigador Edmar Uamusse que apresentou o tema “Fortalecer o presente e semear o futuro: a visão do IIAM para o sector de sementes”. O orador destacou o papel do IIAM na cadeia de valor agrícola, através dos programas de melhoramento genético, parcerias com instituições regionais e internacionais (CGIARs, instituições de ensino e ONGs), e iniciativas de transferência de tecnologia (demonstrações, dias abertos e ensaios participativos). Sublinhou ainda a contribuição do IIAM para as estratégias nacionais de segurança alimentar, gestão de recursos genéticos e adaptação climática, bem como o apoio à multiplicação de sementes de qualidade para as empresas.

As duas sessões foram bastante concorridas e interativas, tendo o público não apenas absorvido conhecimento, mas também contribuído com reflexões e propostas de melhoria das intervenções de pesquisa e desenvolvimento para o fortalecimento do sector agrário em Moçambique.

DCA/DISPA apresenta estratégias de suplementação na época seca durante a 60ª edição da FACIM

Texto: Felicidade Macome e Sónia Nhantumbo

No âmbito da 60ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), a Direcção de Ciências Animais (DCA) do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), através do Departamento de Investigação em Sistemas de Produção Animal (DISPA), apresentou uma palestra na sala de pecuária dedicada ao tema “Estratégias de suplementação na época seca”.

A apresentação destacou tecnologias inovadoras e práticas já adaptadas ao contexto nacional, nomeadamente:

• Fenação– técnica de conservação de forragens secas para garantir disponibilidade de alimento ao longo do ano;

• Ensilagem – processo de fermentação controlada sem a presença de oxigênio que permite armazenar e preservar alimentos volumosos de alta qualidade;

• Mistura de Rações Totais Fermentadas (MRTF) – formulação que integra diferentes ingredientes numa dieta equilibrada, melhorando a nutrição animal e reduzindo desperdícios.

• Blocos minerais, energéticos, proteicos e energéticos-proteicos

Para além destas tecnologias, os especialistas da DCA/DISPA sublinharam a importância do acesso à água na produção animal, o estabelecimento de bancos forrageiros comunitários e familiarescomo forma de garantir reservas alimentares, e a necessidade de respeitar a capacidade de carga animal para evitar a degradação dos pastos.

Outro ponto de destaque foi a abordagem sobre o confinamento de animais como alternativa estratégica, sobretudo no contexto das mudanças climáticas, que têm impacto direto na disponibilidade de pastagens naturais.

Durante a sessão, os participantes tiveram oportunidade de interagir, colocando questões práticas sobre a aplicação destas tecnologias nas condições locais, o seu custo, bem como sobre os desafios de acesso a insumos e capacitação técnica. As discussões reforçaram o papel da investigação agrária na disponibilização de soluções para mitigar os efeitos da época seca e garantir uma pecuária mais sustentável e resiliente em Moçambique.

Mulheres Rurais Conhecem Resultados Promissores da Pesquisa de Milho Biotecnológico do IIAM

Texto: Tarcilia Denga e Sónia Nhantumbo

Imagens: Gabriel Matsinhe e Juvêncio dos Santos

O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) partilhou, na manhã de hoje, 27 de Agosto de 2025, os resultados da pesquisa de milho biotecnológico com membros do Movimento Moçambicano de Mulheres Rurais (MMMR), durante um seminário cuja sessão de abertura foi orientada pela Directora Geral, Zélia Menete, na sede da instituição.

O encontro teve como objectivo familiarizar as mulheres rurais com os avanços na investigação da cultura de milho tolerante à seca e resistente à pragas, como a lagarta do funil, que têm causado sérios danos nas machambas dos produtores no país.

Segundo Zélia Menete, “este milho biotecnológico representa uma esperança para os produtores moçambicanos, pois respondem a grandes desafios da nossa agricultura, como chuvas irregulares e o ataque severo de pragas. É possível produzi-lo com menos água e pesticidas e obter maior produção comparativamente ás variedades convencionais, nas mesmas condições de produção”.

O Dr. Pedro Fato, especialista em melhoramento de milho do IIAM, destacou que está-se actualmente na fase de avaliação para a libertação de quatro variedades, desenvolvidas para enfrentar os principais problemas que afectam a produção da cultura no país.

A investigação tem seguido um processo inclusivo e participativo, envolvendo produtores, autoridades locais, instituições de ensino, jornalistas e associações, com o objectivo de divulgar informação e dar visibilidade ao trabalho científico nacional. Estas acções são realizadas em parceria com a Fundação Africana para a Biotecnologia Agrária/ Fórum Aberto de Biotecnologia Agrária (OFAB).

As representantes do MMMR mostraram-se entusiasmadas com os resultados e destacaram a importância de terem acesso antecipado às informações sobre estes resultados de pesquisa que prometem melhorar a segurança alimentar e o rendimento das famílias rurais. Ao intervir, a sra Saquina Filimone em representação do MMMR agradeceu ao IIAM pela oportunidade de partilhar conhecimento e reiterou a sua disponibilidade para continuar a colaborar na promoção e adopção de novas tecnologias agrárias. Ao encerrar o evento, a Dra Albertina Alage, Directora Técnica de Formação Documentação e Transferência de Tecnologias no IIAM agradeceu a todos os participantes e outros envolvidos pelo seu contributo no seminário e teceu as considerações finais e acções de seguimento.

O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique participa na 60 Edição da FACIM que arracou hoje, 25 de Agosto, no Distrito de Marracuene, Província de Maputo.

A participação do IIAM tem como principal objectivo, divulgar os serviços prestados pela Instituição e os produtos disponíveis que respondem aos desafios da produção e produtividade agrária . Durante a passgem pelo stand do IIAM, no pavilhão da Agricultura, Ambiente e Pesca, Sua Excelência Daniel Chapo, Presidente da República de Moçambique, reconheceu o papel fundamental da Investigação Agrária no desenvolvimento da agricultura.

Entre os varios serviços expostos pela Instituição estão os relativos à produção de semente das primeiras gerações de diversas culturas, semente de espécies forrageiras e sementes de espécies silvestres (de árvores Madeira e de plantas medicinais), incluindo os serviços de produção de vacinas e de análise de qualidade de alimentos. Depois da apresentação do stand do IIAM, O Presidente Chapo, enalteceu o papel do IIAM na cadeia de semente e realçou a sua necessária utilização pelos produtores agrários.

Para além da exposição o IIAM vai participar na sexta feira a partir das 14h no painel da agricultura com dois temas, nomeadamente: 1) produzir alimentos em harmonia com a natureza e 2) fortalecer o presente e semear o futuroː a visão do IIAM para o sector de semente. O IIAM participa nesta edição da FACIM de 25 a 31 de Agosto corrente. Participe!

I Simpósio e celebração dos 12 anos de Conservação de Sementes da Flora Silvestre Nacional

Texto:Tarcilia Denga

Imagens: Marcos Niuaia

Teve lugar no dia 12 de Agosto de 2025, no IIAM SEDE, o I Simpósio e celebração dos 12 anos de Conservação de sementes da Flora Silvestre Nacional, com o lema: sementes de hoje, vida de amanhã. O evento contou com a presença de diversos parceiros nomeadamente: Kew (MSBP), ANAC, WCS, Parque nacional de Gorongosa, WWF, UEM, UniZambeze, Unilúrio, para além de vários participantes do MAAP e IIAM das províncias.

A Directora Geral do IIAM, Zelia Menete, deu inicio a sessão e agradeceu pela parceira com Kew Botanic Gardens. No acto da abertura do evento, A directora Geral do IIAM, disse que a conservação da biodiversidade é essencial para o desenvolvimento do nosso país, e que o aproveitamento do nosso banco de germoplasma como fonte genética, e a riqueza das nossas espécies indígenas, podem contribuir para reduzir vulnerabilidade de grande parte das nossas comunidades. Ressaltou a necessidade dos investigadores aproveitarem os recursos existentes e fazer diferente na transformação da nossa instituição. Para as intuições parceiras, disse esperar maiorcolaboração e engajamento.

Segundo Tim Pearce (Botanist-Kew), na África Subsaariana ainda existem cerca de 48% (de 4097) de géneros por colectar, o que indica uma necessidade imensa de trabalho ainda a ser feito, estas sementes podem ajudar a restaurar habitats degradados.

Para Jo Osborne (Kew): os bancos de sementes podem contribuir na sustentabilidade de meios de subsistência, uso em pesquisas e programas de melhoramento, conservação de diversidade genética de plantas e preservação para gerações futuras.

Cacilda Manhiça (Coordenadora Nacional do Programa de Conservação de sementes de espécies silvestre) falou sobre parceria com MSBP Kew Royal Botanic Gardens que teve o seu inicio em 2005, envolvendo vários treinamentos em técnicas de conservação de sementes silvestres.

Visão do programa: Garantir a conservação de sementes da flora moçambicana como estratégia para assegurar a sobrevivência a longo prazo das espécies e disponibilidade para gerações futuras, contribuir para a investigação em biologia das sementes, conservação da biodiversidade, restauração de habitats e segurança alimentar e nutricional, necessidade de formações para garantir continuidade deste trabalho de documentação, revitalização do herbário e conservação de flora no país.

I Simpósio e celebração dos 12 anos de Conservação de Sementes da Flora Silvestre Nacional

Texto:Tarcilia Denga

Imagens: Marcos Niuaia

Teve lugar no dia 12 de Agosto de 2025, no IIAM SEDE, o I Simpósio e celebração dos 12 anos de Conservação de sementes da Flora Silvestre Nacional, com o lema: sementes de hoje, vida de amanhã. O evento contou com a presença de diversos parceiros nomeadamente: Kew (MSBP), ANAC, WCS, Parque nacional de Gorongosa, WWF, UEM, UniZambeze, Unilúrio, para além de vários participantes do MAAP e IIAM das províncias.

A Directora Geral do IIAM, Zelia Menete, deu inicio a sessão e agradeceu pela parceira com Kew Botanic Gardens. No acto da abertura do evento, A directora Geral do IIAM, disse que a conservação da biodiversidade é essencial para o desenvolvimento do nosso país, e que o aproveitamento do nosso banco de germoplasma como fonte genética, e a riqueza das nossas espécies indígenas, podem contribuir para reduzir vulnerabilidade de grande parte das nossas comunidades. Ressaltou a necessidade dos investigadores aproveitarem os recursos existentes e fazer diferente na transformação da nossa instituição. Para as intuições parceiras, disse esperar maior colaboração e engajamento.

Segundo Tim Pearce (Botanist-Kew), na África Subsaariana ainda existem cerca de 48% (de 4097) de géneros por colectar, o que indica uma necessidade imensa de trabalho ainda a ser feito, estas sementes podem ajudar a restaurar habitats degradados.

Para Jo Osborne (Kew): os bancos de sementes podem contribuir na sustentabilidade de meios de subsistência, uso em pesquisas e programas de melhoramento, conservação de diversidade genética de plantas e preservação para gerações futuras.

Cacilda Manhiça (Coordenadora Nacional do Programa de Conservação de sementes de espécies silvestre) falou sobre parceria com MSBP Kew Royal Botanic Gardens que teve o seu inicio em 2005, envolvendo vários treinamentos em técnicas de conservação de sementes silvestres.

Visão do programa: Garantir a conservação de sementes da flora moçambicana como estratégia para assegurar a sobrevivência a longo prazo das espécies e disponibilidade para gerações futuras, contribuir para a investigação em biologia das sementes, conservação da biodiversidade, restauração de habitats e segurança alimentar e nutricional, necessidade de formações para garantir continuidade deste trabalho de documentação, revitalização do herbário e conservação de flora no país.