A PARTIR DE MARRACUENE E BOANE: AVALIAÇÃO AO CZS ENCERRA CHAMANDO AO MAIOR  CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES E À ARRECADAÇÃO DE RECEITAS PRÓPRIAS

Published by gerson changula on

Ao fechar as primeiras visitas de avaliação periódica do desempenho do IIAM, à luz das recomendações deixadas nas visitas anteriores às Direcções Técnicas e aos Centros Zonais, ora iniciadas no Centro Zonal Sul (CZS), a Directora Geral do IIAM trabalhou na quinta-feira (22) no Centro de Investigação Florestal (CIF), em Marracuene, e na Estação Agrária de Umbeluzi (EAU), em Boane.

Na primeira unidade experimental, CIF, a Professora Doutora Zélia Menete visitou para além de instalações e viveiros na Vila Sede de Marracuene, as Parcelas Permanentes de Investigação Florestal em Michafutene, e a Reserva Botânica de Bobole (RBB). A oportunidade serviu igualmente para passar em revista e compreender as nuances de conflitos de terra envolvendo a instituição, populações locais, e as autoridades administrativas do distrito, cuja vila sede passou recentemente ao estatuto de Autarquia.

Na Reserva Botânica de Bobole (RBB) foi abordada a preservação da planta arbustiva Raphia Autraliana , uma espécie em vias de instinção, cuja reprodução é tida como sendo bastante lenta e difícil, afigurando-se que só se adapta a dois locais (Bobole e Calanga). Neste quisito de aparente adaptação limitada a esses dois locais, a Directora Geral do IIAM recomenda buscar as razões do pormenor para eventuais acções alternativas, fazendo-se um estudo profundo dos solos e do micro ambiente envolvente. Outra das recomendações deixadas, no que à Reserva Botânica de Bobole é atinente, refere que “os produtores do viveiro comunitário devem ser incentivados a produzir plantas ornamentais e florestais para a sua própria renda”. Por outro lado, o Centro de Investigação Florestal (CIF) é chamado a “trazer soluções de resposta às mudanças climáticas para a protecção de mangais e de outras espécies florestais importantes”. Na tónica de geração de receitas sobressaem recomendações de aposta em cursos de curta duração sobre Sistemas de Informação Geográfica (GIS), comercialização de sementes florestais e outros serviços bem assim a realização de estudos sócio-económicos sobre a Raphia e mangais para que a comunidade saiba a importância dessas plantas no seu próprio meio ambiente e no ecossistema em geral.

 … COMO TODAS AS UNIDADES EXPERIMENTAIS DO IIAM UMBELUZI PODE GERAR RECEITAS PRÓPRIAS…

Na segunda unidade experimental visitada no último dia da digressão avaliativa em Boane, Umbeluzi, mais concretamente na Estação Agrária do mesmo nome, Zélia Menete inteirou-se das medidas implementadas ante o incêndio de 7 de Fevereiro e as necessidades para a reabilitação da infra-estrutura afectada pelo sinistro, bem como percorreu os campos de pesquisa de arroz e deixou novas recomendações. O incêndio atingiu um escritório, uma sala de processamento e a biblioteca, tendo ficado gravemente destruídos. Entretanto, a Directora Geral foi informada que já se

está a fazer algum esforço para a sua reabilitação.

No concernente aos campos de arroz, foi revelado que a multiplicação de semente básica da variedade Macassane, num campo de 4 hectares, atingiu o rendimento máximo de 8 toneladas por hectar, e “a semente toda já tem compradores”, como destacam os pesquisadores, o que demonstra que é possível gerar receitas com a investigação em Umbeluzi e noutras unidades experimentais do IIAM. Em face desta e de mais constatações indiciadoras de sustentabilidade da pesquisa desenvolvida, recomendações da Directora Geral do IIAM voltaram ao de cima, entre as quais:

melhorar a prestação de serviços através da disseminação e venda destes, como a realização de cursos de formação, o desenho de projetos e a assessoria técnica aos produtores familiares e empresariais com pacotes tecnológicos adequados. Ademais, a Directora Geral deixou claro, em todas as unidades visitadas que as recomendações presentes e precedentes devem todas ser transformadas em acções de seguimento imediato e de cumprimento mandatório integral, para que nas próximas avaliações não se tenha que recorrer a muitas explicações de incumprimento,  não raras vezes pouco convincentes. (Roseiro Moreira e Anica Massas/IIAM).

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